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Santorini, a mais romântica das paradisíacas ilhas gregas.

Um roteiro de três dias conhecendo a mais popular e visitada ilha de toda a Grécia.

Santorini conta com aproximadamente 15 mil habitantes, e está localizada no mar Egeu, sendo pertencente ao famoso grupo das ilhas Cíclades. É considerado o destino mais visitado entre todas as ilhas gregas, recebendo centenas de milhares de turistas todos os anos. A presença de um vulcão em seu interior (chamado de caldeira), faz com que esse seja um local único no planeta, além disso as casa e construções são em sua maioria pintadas na cor branca e as igrejas tem suas cúpulas em cor azul, tornando Santorini, um dos lugares mais instagramáveis existentes. Por fim, não podemos esquecer do pôr do sol visto da ilha, que é considerado o mais belo de todo mundo.


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O que poucas pessoas sabem é que Santorini na verdade não é formada por apenas uma ilha, mas sim por um conjunto de 5 ilhas: Thera, a maior e principal ilha, em formato de meia lua; Aspronisi e Thirasia, ilhas que se desgrudaram da ilha principal em uma das erupções do vulcão de Santorini; por fim Palea Kameni e Nea Kameni, as ilhas localizadas no centro da caldeira.

Mapa da Ilha de Santorini


Chegamos em Santorini vindos da capital Atenas, em um voo que durou aproximadamente 50 minutos, da companhia aérea Ryan Air (55€ por pessoa, ida e volta). Desembarcamos no único aeroporto da ilha, o Aeroporto Internacional de Santorini, por volta das 8 horas da manhã, e após levantar o carro que havíamos previamente alugado on-line (105€ para 3 dias), iniciamos nosso roteiro pela ilha. A ilha conta com uma rede de ônibus que chega às principais atrações, porém optamos pelo aluguel do carro de forma a otimizar o tempo e aumentar o conforto. Além do carro, muitas companhias de aluguel de veículos oferecem a possibilidade de alugar um quadriciclo, muito utilizado na ilha, porém como visitamos a ilha no mês de agosto, preferimos um carro convencional com ar condicionado, evitando sofrer debaixo do sol escaldante, o que se mostrou ao longo do passeio ter sido a decisão correta.

Ainda pela manhã, partimos em direção ao nosso primeiro ponto de visita na ilha, a peculiar Red Beach, localizada no lugarejo de Akrotiri. Essa praia é rodeada por paredes de barro e pedra de cor avermelhada, formadas devido à atividade vulcânica do passado da ilha. Caminhamos até um dos cantos da praia, onde nos pusemos a subir por uma pequena trilha, cujo ponto final nos permitiu tirar belas fotos e apreciar uma deslumbrante vista do local.

Red Beach

De volta ao carro, rumamos em direção à capital da ilha de Santorini, Fira, e chegando ao local, não foi tarefa fácil encontrar um lugar para estacionar, mesmo sendo permitido estacionar gratuitamente na maioria das ruas da ilha de Santorini.

O vilarejo de Fira está localizado no topo de um penhasco de 400 metros de altura. De lá é possível ter a melhor vista para o Vulcão de Santorini, localizado no centro da caldeira, e para os navios de cruzeiro que por lá estacionam, trazendo turistas.

Vista de Fira para o Vulcão de Santorini


O vilarejo de Fira conta com inúmeros bares, restaurantes e lojas (de roupas, artesanatos e souvenirs). Passamos algumas horas nos perdendo pelas ruelas do local até chegarmos na Igreja Três Sinos de Fira. Essa igreja é considerada o cartão postal de Fira e foi construída no ano de 1757, sendo famosa por sua cúpula azul, sua linda vista para o vulcão e seus peculiares três sinos.

Igreja Três Sinos de Fira


Mais alguns minutos caminhando e começamos a avistar mais um vilarejo da ilha de Santorini: a luxuosa Imerovigli. Próximo a esse vilarejo está a Rocha de Skaros onde ainda existem ruínas de uma antiga fortaleza bizantina do século XIII.

Imerovigli e a Rocha de Skaros


Regressando a Fira, o sol já começava a baixar no horizonte, se pondo atrás da ilha de Thirasia. Resolvemos então escolher um restaurante com vista para caldeira, para podermos observar nosso primeiro pôr do sol na ilha e desgustar uma Mythos, cerveja típica grega.

Pôr do Sol em Fira


Além disso, provamos comidas típicas gregas, como o Gyros, carne de porco ralada servida com pão pita; e a Mussaca, uma espécie de lazanha, feita com beringela no lugar da massa.

Comida grega: Gyros e Mussaca


Com a chegada da noite, as luzes de Fira se acendem, então aproveitamos para tirar mais algumas fotos do belo vilarejo iluminado antes de irmos para nosso hotel. Optamos por um hotel na região da Praia de Perivolos, onde os preços são mais interessantes que os praticados nas regiões mais badaladas da ilha, como Fira.

Fira durante a noite


No dia seguinte, como de costume, acordamos cedo e por volta das 7h00 da manhã já estávamos caminhando em direção às Praias de Perissa e Perívolos. Essas praias possuem como característica mais marcante, a presença de areia de cor bastante escura, quase preta. Comparando com outras ilhas gregas, Santorini não está entre os melhores destinos para se aproveitar a praia, porém Perívolos e Perissa são ótimas opções para quem deseja relaxar, sendo inclusive bastante frequentadas pelos residentes locais. A infraestrutura dessas praias é bastante boa e conta com aluguel de guarda-sóis e cadeiras, além de uma boa quantidade de bares e restaurantes à beira-mar.

Praia de Perívolos


Praias de Perívolos e Perissa


No dia anterior, quando ainda em Fira, reservamos um passeio de barco para conhecer o famoso vulcão de Santorini (26 € por pessoa). Saímos de Perissa por volta das 9h00 da manhã e meia hora depois já estávamos no principal porto da ilha, o Porto de Athinios. Após colocarmos o carro em um dos estacionamentos gratuitos do local, entramos no barco do passeio, que já estava atracado no porto. A partida do barco ocorreu pontualmente às 10h00 da manhã e então nos pusemos a navegar pelas águas da caldeira.

Barco do passeio


A primeira parada de nosso passeio foi a ilha de Nea Kameni que abriga o famoso vulcão de Santorini. Vulcão esse, que por volta do ano 1600 a.C. foi o responsável por uma das maiores erupções da história da humanidade. Segundo alguns estudos, a coluna de fumaça formada por essa erupção chegou a aproximados 30 km de altura, alcançando a estratosfera. Os tsunamis gerados foram de até 150 metros de altura e alcançaram a ilha de Creta, que na época era o principal centro da civilização minóica, a mais antiga do ocidente. Alguns estudos históricos inclusive afirmam que esse foi o principal motivo da queda dessa civilização, tendo facilitado sua conquista pela civilização micênica.

As palavras "Nea Kameni" derivam do grego, e significam: "Jovem Queimado" em alusão ao fato de a ilha ter surgido menos de 450 anos atrás, resultado do resfriamento da lava de erupções relativamente recentes. Após nosso barco atracar no pequeno porto da ilha, tivemos de comprar ingresso (4 € por pessoa, não incluso no valor do passeio) para podermos ingressar na trilha e subir em direção à cratera do vulcão. A trilha possui dificuldade baixa, porém devido a grande quantidade de pedras soltas, recomenda-se utilizar tênis confortável (e não chinelo Havaianas, como foi meu caso rsrs).

Cratera do Vulcão de Santorini


O vulcão de Santorini é considerado ainda ativo e pudemos comprovar esse fato quando nos aproximamos da cratera. No local é possível sentir um cheiro não muito agradável de enxofre e além disso, a presença de fumaça saindo de algumas rochas é constante. Por esse motivo, muitos são os intrumentos de medição avistado ao longo da trilha, que monitoram a atividade vulcânica 24 horas por dia, de forma a prever uma eventual erupção. A última erupção desse vulcão aconteceu no ano de 1950.

Da ilha Nea Kameni é possível ter uma bela vista de outras duas ilhas: Palea Kameni e Thirasia, pelas quais passariamos na sequência do passeio.

Vista de Nea Kameni para Palea Kameni


Vista de Nea Kameni para Thirasia


Após uma hora e meia em Nea Kameni, já estávamos de volta ao barco indo em direção a ilha Palea Kameni. A palavra "Palea" vem do grego e significa "Velho", o que remete ao fato desta ilha ser mais antiga que sua irmã Nea Kameni, tendo surgido aproximadamente 2000 anos atrás. É nessa ilha que se encontram as famosas Hot Springs, as fontes de água quente. Nosso barco parou próximo a ilha por 45 minutos e pudemos nadar até as águas quentes do local, que durante o verão possuem temperatura por volta dos 35ºC.

Hot Springs em Palea Kameni


Saindo de Palea Kameni, navegamos em direção a calma e acolhedora ilha de Thirasia. Diferente das duas ilhas anteriores, Thirasia é habitada, possuindo uma população de aproximadamente 300 habitantes, composta em sua maioria por agricultores e pescadores. Ficamos na ilha por aproximadamente duas horas e aproveitamos esse tempo para almoçar em um dos muitos restaurantes próximos ao do porto de Korfos e nadar nas cristalinas águas da ilha.

As águas cristalinas da Ilha de Thirasia


De volta ao barco, retornamos ao ponto de partida de nosso passeio, o Porto de Athinios. Após pegarmos o carro no estacionamento, e seguindo a recomendação de um guia local, com o qual conversamos durante o passeio de barco, dirigimos em direção ao vilarejo de Pyrgos. Desse pequeno vilarejo localizado no topo de um penhamosm, pudemos observar o pôr do sol mais lindo que já tínhamos visto até então.

Pôr do Sol em Pyrgos


Retornamos ao hotel e terminamos assim mais um dia de roteiro, ansiosos pelo nosso último dia em Santorini. Dia este para o qual deixamos a cereja do bolo, ou devo dizer da viagem (rsrs).

Logo pela manhã saímos de nosso Hotel em Perívolos, seguindo em direção ao mais fotogênico dos vilarejos de Santorini, quiçá, de toda a Grécia: a pequenina vila de Oia (leia-se "Ía"). Oia conta com aproximademnte 1500 habitantes e localiza-se na parte norte de Santorini. Com toda certeza esse foi o lugar mais nos encantou durante toda nossa estádia na Grécia. O vilarejo é lindíssimo e possui um atmosfera romântica, sendo por esse motivo visitada por uma enorme quantidade de casais, que escolhem o vilarejo para realizar seus casamentos. Obviamente esse é considerado o lugar com os preços mais altos de toda Santorini, tanto no quesito hospedagens, como restaurantes.

Iniciamos nosso passeio por Oia caminhando em direção ao lugar mais instagramável do vilarejo, a famosa escadaria com as duas igrejas de cúpula azul ao fundo. Mesmo chegando cedo ao local, que fica um pouco escondido, encontramos uma pequena fila de pessoas esperando ansiosas por uma foto ou vídeo nesse magnífico cenário. Muitas mulheres na fila com seus vestidos coloridos, de forma a contrastar com a arquitetura de cor branca do local.

As igrejas de cúpula azul de Oia


Oia apesar de pequena, possui uma enorme quantidade de vielas, com lojas, restaurantes e hóteis. Em cada uma dessas vielas, um cenário deslumbrante aguarda para ser fotografado, sendo essa a principal dica para quem pensa em visitar o vilarejo, se perder por suas ruazinhas. E foi em uma dessas ruazinhas que encontramos a Igreja de Panagia Platsani, localizada na praça central de Oia; e a Atlantis Books, uma livraria fundada em 2004, mas que já se tornou um dos pontos turístico do vilarejo.

Igreja de Panagia Platsani


Livraria Atlantis Books


Paisagens da Vila de Oia


Depois de bater perna por horas em Oia, faltava aproximadamente uma hora para o pôr do sol. Rumamos então em direção ao Castelo de São Nicolau. Esse castelo construído por volta do ano 1450, atualmente se encontra em ruínas, porém é utilizado diariamente por uma multidão de turistas que pretendem apreciar o pôr do sol de Oia, considerado simplesmente o pôr do sol mais lindo de todo mundo.

Vista do Castelo de São Nicolau


Pôr do sol da vila de Oia


Após o maravilhoso pôr do sol, já era hora de retornar ao hotel descansar, para no dia seguinte irmos até o aeroporto tormarmos o avião de volta à capital Atenas e concluir assim nosso roteiro pela paradisíaca Santorini, mas já pensando em um dia retornar a este lugar que encanta dez a cada dez pessoas que o visitam.

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